O mundo está assistindo, muitas vezes em silêncio, à ascensão de um sistema tecnológico global que promete segurança e praticidade, mas carrega consigo os alicerces de um regime de vigilância e controle sem precedentes. Plataformas de identificação digital sem senha, como a AuthID e a Hashgraph IDTrust, estão sendo apresentadas como soluções para fraude e burocracia. Ao mesmo tempo, softwares de vigilância americanos como o Palantir estão sendo utilizados até mesmo na Europa, gerando protestos devido à falta de transparência.

Por trás dessas iniciativas, há algo muito maior acontecendo: a construção de uma infraestrutura global de controle social, que pode ser a preparação para o cenário descrito nas profecias bíblicas. Estamos nos aproximando do tempo em que ninguém poderá “comprar nem vender”, a menos que esteja registrado em um sistema?

A digitalização da identidade: segurança ou armadilha?

O avanço das tecnologias de identificação digital parece inevitável. A promessa é simples: facilitar transações, acelerar cadastros e proteger contra fraudes. Com o uso de biometria facial, impressões digitais, reconhecimento de voz e blockchain, a autenticação de usuários se torna mais rápida e “segura”. Mas a que custo?

Essas plataformas reúnem uma quantidade gigantesca de dados biométricos e comportamentais dos cidadãos. Em tese, servem para proteger. Na prática, entregam o controle total da identidade de uma pessoa a um sistema central. Se esse sistema for comprometido, ou for usado por regimes autoritários, o que impediria o bloqueio de acessos, congelamento de contas ou exclusão social de qualquer indivíduo considerado “indesejado”?

Apocalipse 13: a marca, a imagem e o controle

A Bíblia já previa um sistema assim. Em Apocalipse 13:16-17, lemos:

“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja dada uma marca na mão direita, ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver a marca, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.”

Essa passagem tem sido interpretada por muitos estudiosos como um aviso de um sistema global de controle econômico. A “marca” pode não ser necessariamente um chip visível — mas um sistema digital que vincula sua identidade a uma autorização central. Sem essa autorização, você não acessa sua conta bancária, não entra em prédios, não participa do comércio.

É exatamente isso que as identidades digitais globais estão construindo: a fusão entre corpo, comportamento e sistema. Sua vida se tornará inseparável de sua identidade digital. E se ela for bloqueada? Você deixa de existir socialmente.

Daniel e a imposição de um sistema totalitário

O profeta Daniel também descreve em suas visões o surgimento de reinos poderosos que dominariam a Terra antes da vinda do Reino de Deus. Em Daniel 7:23-25, o quarto reino (geralmente interpretado como o último império mundial) “devorará toda a terra” e “mudarão os tempos e a lei”.

Este reino final será diferente dos anteriores — e muitos acreditam que se trata de um sistema global unificado, não apenas político, mas tecnológico, espiritual e econômico. Uma nova ordem que não respeita fronteiras nem tradições, e que tem poder de decidir quem participa da sociedade e quem é excluído.

Ao cruzarmos essas profecias com as tecnologias atuais, vemos sinais claros:

• Sistemas globais de rastreamento e escaneamento facial.
• Cidadãos “excluídos” de plataformas por decisões automatizadas.
• Digitalização obrigatória de todos os registros pessoais.
• Crescente uso de IA para monitoramento preditivo (saber o que você fará antes mesmo que você saiba).

A ilusão da segurança: o preço é a liberdade

O que está sendo vendido como “segurança digital” pode ser, na verdade, a infraestrutura do totalitarismo profetizado. A plataforma IDX, da AuthID, afirma eliminar senhas e prevenir fraudes. Mas e se ela for usada para impedir transações de quem desobedece uma ideologia dominante?

Já vimos isso acontecer em países onde sistemas de crédito social determinam se uma pessoa pode pegar um trem, acessar internet ou matricular um filho em uma escola. Imagine isso agora em escala global — apoiado por tecnologias imunes à fiscalização pública e geridas por inteligências artificiais.

A chamada “Internet dos Corpos”, onde o corpo humano é integrado à rede por meio de sensores e dispositivos injetáveis (como já se especula com nanotecnologia), é um passo ainda mais profundo. Isso já foi previsto? Em Apocalipse 13:15, a imagem da besta “falava e fazia morrer todos os que não a adorassem”. Um sistema capaz de agir sozinho, com poder de vida ou morte — como uma inteligência artificial totalitária?

Estamos sendo preparados?

A verdade é que o terreno está sendo cuidadosamente preparado para uma nova ordem. O uso de linguagem sedutora — “avanço”, “inovação”, “proteção digital” — mascara a dependência crescente que temos desses sistemas. A Bíblia nos alerta: aquilo que parece ser uma solução pode ser uma armadilha.

O que podemos fazer?

• Despertar. A maior arma contra o engano é o conhecimento. Muitos não percebem os riscos porque não têm entendimento bíblico nem tecnológico.
• Buscar discernimento espiritual. As profecias foram dadas para nos orientar nos tempos finais.
• Fortalecer redes alternativas. De comunicação, finanças, alimentação, fé e comunidade. Precisamos de alternativas descentralizadas antes que todas as portas se fechem.

Conclusão: o tempo é agora

A vigilância em massa e a identificação digital global não são mais teoria da conspiração. São realidade. A tecnologia já existe. A infraestrutura está sendo implantada. O que falta é apenas uma crise global que sirva de desculpa para a obrigatoriedade total.

Apocalipse 13 e Daniel 7 não são apenas profecias distantes. Elas estão se cumprindo diante dos nossos olhos — em códigos, contratos e plataformas digitais.

A pergunta é: você está preparado para resistir?